"Não quero atar nossas mãos", disse o dirigente, após ser questionado sobre a possibilidade de cortes de juros no curto prazo. "Se mantivermos juros em nível restritivo conforme a inflação recua, já é uma forma de apertar a política monetária. Mas precisamos tomar essa decisão a cada reunião, e não de forma automática."
Goolsbee defendeu que não há razão para mover os juros neste momento. Na visão dele, a única razão para voltar a elevar juros seria o aparecimento de sinais de que a inflação não está no caminho para atingir a meta de 2% do BC americano, enquanto cortes devem exigir uma deterioração significativa da economia ou do emprego.
Para o dirigente, a taxa de desemprego e outros indicadores do mercado de trabalho apontam uma desaceleração, mas seguem em nível robusto. Já a inflação está se recuperando, com várias leituras recentes comprovando o processo de desinflação após o salto inesperado em janeiro.
Goolsbee comentou ainda que coloca mais ênfase nos dados obtidos pelo relatório de empregos (payroll) e indicadores de preços dos EUA. O dirigente não vota nas decisões deste ano do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês).
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