O Ibovespa deu sequência nesta quarta-feira, 5, a novos patamares históricos, saltando dois degraus em relação aos encerramentos anteriores, de segunda e terça-feira, quando havia fechado pela primeira vez na casa de 150 mil pontos. No melhor momento da sessão, o índice da B3 foi alçado aos 153.583,19 pontos (+1,91%), novo recorde intradia, e concluiu esta quarta aos 153.294,44 pontos, em alta de 1,72%. O índice havia iniciado a sessão aos 150.709,20 pontos e, na mínima do dia, desceu aos 150.296,28. O giro foi a R$ 26,3 bilhões. Na semana, o Ibovespa agrega 2,51% e, no ano, acumula ganho de 27,44% - se 2025 terminasse nesta quarta, seria o maior avanço desde 2019, quando o índice da B3 subiu 31,58%.
Para Gabriel Mollo, analista da Daycoval Corretora, a ultrapassagem dos 150 mil pontos pelo Ibovespa para novos níveis sem precedentes reflete, em especial, a boa temporada de balanços trimestrais, que têm em geral superado as previsões, e também a expectativa pelo Copom, caso nesta noite o comunicado sobre a decisão de política monetária venha a trazer uma indicação mais clara sobre quando, de fato, a taxa básica de juros, Selic, poderá começar a ser cortada - movimento ainda aguardado pelo mercado para o primeiro trimestre de 2026.
"É euforia, com a temporada de resultados impulsionando. E muitos investidores migrando das bolsas americanas - que podem estar esticadas - no momento em que se debate se há uma bolha", diz Felipe Sant'Anna, especialista em ações da Axia Investing. Segundo ele, além do estrangeiro, há também muito investidor de varejo e institucional entrando na Bolsa brasileira, além de stop de vendido - ou seja, interrupção de ordens de venda entre investidores que estavam posicionados para queda das ações na B3. "Muitos acreditavam que já tinha chegado um ponto muito alto para o Ibovespa", acrescenta.
A quarta-feira de novas máximas históricas foi também de avanço para as ações de primeira linha, inclusive Itaú (PN +0,43%), que divulgou na noite de ontem balanço trimestral com ganho recorde - uma temporada de números muito bons para o banco, que já haviam sido antecipados pelo mercado e embutidos no preço do papel, que tendia a realizar lucros até quase o fechamento da sessão. Principal ação do Ibovespa, Vale ON subiu hoje 1,72%, enquanto Petrobras mostrou avanço de 1,81% na ON e de 1,98% na PN, e os altas nas ações das maiores instituições financeiras chegaram a 2,75%, em Unit do Santander, no fechamento. Destaque também para Bradesco PN, com avanço de 2,12% na sessão.
Na ponta vencedora do Ibovespa, Vamos (+8,66%), C&A (+8,51%) e Assaí (+5,54%). No lado oposto, CSN (-4,60%), Yduqs (-2,37%) e Motiva (-1,35%). Com o avanço do índice da B3 nesta quarta-feira, a série ganhadora chegou hoje a 11 sessões, igualando sequência vista na primeira quinzena de julho de 2024. E foi também a oitava renovação consecutiva de recorde de fechamento.
"O principal motor da retomada do Ibovespa em 2025 tem sido a entrada expressiva de capital estrangeiro, que hoje representa mais de 50% do volume negociado no mercado à vista de ações no Brasil", observa Bruna Sene, analista de renda variável da Rico. Segundo ela, na medida em que os investidores antecipam também um ponto de virada para os juros no Brasil, segmentos mais cíclicos, como varejo e construção civil, voltam a ganhar protagonismo.
"Além disso, outros setores têm demonstrado resiliência e capacidade de se destacar em diferentes cenários, como os de utilidade pública e financeiro. Esses setores têm oscilado em tendência de alta, contribuindo significativamente para a valorização do índice da B3", acrescenta a analista.
"Dia foi de entrada de recursos de fora na Bolsa, com efeito também no câmbio, em meio a uma busca por opções em emergentes que favorece ações como Vale e Petrobras", diz Daniel Teles, especialista da Valor Investimentos, referindo-se também ao momento de rotação de ativos a partir de mercados centrais.
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