Em sessão com poucos catalisadores domésticos para os negócios, o Ibovespa se manteve colado à estabilidade na maior parte do dia, em torno de 157,5 mil pontos, sem força para buscar os 158 mil pontos tampouco inclinado, a princípio, a uma realização de lucros substantiva após a recente série de recordes.
Ao fim, acentuando as perdas em linha com piora em Nova York, no câmbio e na curva do DI, o índice da B3 marcava 156.992,93 pontos, em baixa de 0,47%, com enfraquecimento nos carros-chefes Vale (ON -0,46%) e, em menor medida, de Petrobras (ON +0,26%, PN +0,55%), que mais cedo contribuíam para mantê-lo perto da estabilidade. Acabou por prevalecer o sinal do setor financeiro, o de maior peso no Ibovespa, com perdas entre 0,64% (Itaú PN) e 1,18% (Bradesco PN), à exceção de Banco do Brasil ON, que virou perto do fechamento e subiu 0,36%. Em Nova York, as retrações, hoje, foram de 1,27% (Dow Jones), 1,07% (S&P 500) e 1,06% (Nasdaq).
No mês, o Ibovespa ainda acumula ganho de 4,98%, que coloca o avanço do ano a 30,52%. Hoje, o índice oscilou entre mínima de 156.567,61 e máxima de 157.900,51, saindo de abertura aos 157.741,73 pontos. O giro financeiro foi a R$ 26,8 bilhões na sessão, em que prevaleceu a cautela dos investidores - em começo de semana que reserva dados, atrasados pelo shutdown, sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos referentes ainda a setembro, na quinta-feira, quando a B3 estará fechada em razão do feriado pelo Dia da Consciência Negra.
Na ponta ganhadora do Ibovespa nesta segunda-feira, 17, MBRF (+4,92%), CVC (+3,31%) e Assaí (+2,63%). No lado oposto, Rumo (-9,08%) após a empresa reportar queda de 39,2% no lucro líquido do terceiro trimestre (não ajustado), à frente na sessão de Vamos (-6,67%) e de Magazine Luiza (-4,80%).
Entre as blue chips, Vale e Petrobras, no campo positivo até quase o fim da tarde, eram essenciais para que o Ibovespa evitasse uma correção maior nesta abertura de semana, em função dos números bem recebidos pelo mercado apresentados por ambas as empresas recentemente, aponta Felipe Cima, analista da Manchester Investimentos.
"A Vale surpreendeu positivamente com o custo de caixa e o Ebitda, e com a sinalização de possíveis dividendos extraordinários. A Petrobras teve recorde de produção e um dividendo um pouco acima das estimativas dos analistas, principalmente com um Ebitda um pouco maior", diz o analista da Manchester.
Em dia levemente negativo para os preços do Brent e do WTI em Londres e Nova York, as ações de Petrobras contaram também, na sessão, com o anúncio, pela estatal, da descoberta de petróleo no pós-sal da Bacia de Campos, o que ajudou a segurar o Ibovespa, mais cedo, nesta segunda-feira.
Encerrada a temporada de resultados do terceiro trimestre, as atenções se voltam para o quadro macro, no Brasil como também no exterior. "Na última semana, houve uma inversão na precificação e na percepção do mercado sobre um possível corte de juros na reunião de dezembro do Fed, nos EUA. Declarações de membros do Federal Reserve, em tom mais hawkish duro, aumentaram o pessimismo quanto à continuidade do afrouxamento da política monetária", aponta em relatório a One Investimentos.
A casa acrescenta que, mesmo com defasagem, a leitura do payroll de setembro será "extremamente importante" para orientar os membros do FOMC o comitê que delibera sobre juros nos EUA quanto às condições do mercado de trabalho e aos próximos passos da política monetária.
"Semana começou com uma aversão a risco maior, desde o exterior, com questionamentos ainda em torno do setor de tecnologia nos Estados Unidos, o que coloca o Ibovespa, agora, um pouco mais alinhado ao que se vê lá fora, após o descolamento recente", diz Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, acrescentando que o IBC-Br, divulgado pela manhã, confirmou também a visão de atividade econômica se enfraquecendo no Brasil.
Para Luise Coutinho, head de produtos e alocação da HCI Advisors, o mercado ponderou duas informações macro na sessão, uma favorável e outra nem tanto: uma inflação mais controlada, na perspectiva do boletim semanal Focus, e a atividade econômica mais fraca, pelo IBC-Br, considerado um indicador antecedente para o PIB calculado pelo Banco Central. "A expectativa para o IPCA de 2025 passou de 4,55% para 4,46%, ficando pela primeira vez abaixo do teto da meta do Banco Central, que é de 4,50%", diz.
Já o IBC-Br mostrou uma queda de 0,24% na atividade econômica no mês de setembro em comparação a agosto, com ajuste sazonal. "O resultado, pior do que o esperado, reforça os sinais de desaceleração da economia e reaviva no mercado a esperança de que o Banco Central pode começar a cortar a Selic no primeiro trimestre de 2026", acrescenta Luise.
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