A reivindicação ocorre após o CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, ter divulgado um comunicado em que afirma que a varejista francesa se compromete a não vender carnes originárias do Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. O executivo disse que essas mercadorias não cumprem "requisitos e padrões".
Na justificativa do requerimento, Moreira argumentou que a posição do Carrefour "é uma atitude absolutamente irresponsável, falaciosa e discriminatória, em uma clara afronta protecionista ao setor agropecuário brasileiro". Ele sustenta que "o Brasil possui uma das legislações mais rigorosas do mundo no que diz respeito ao controle ambiental".
Além disso, o parlamentar diz que "causa estranheza a despreocupação do Sr. Bompard com as operações da empresa no Brasil, já que 80% do abastecimento interno é realizado por fornecedores brasileiros". O autor do requerimento também afirma que as declarações "ferem os princípios do diálogo e da cooperação internacional".
Segundo Moreira, a comissão externa vai avaliar "a conduta e as constantes denúncias da companhia no Brasil" e cita "antecedentes graves das operações, ligados a violações raciais, ambientais e trabalhistas".
Mais cedo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), declarou que pretende pôr em discussão o projeto que institui a Lei de Reciprocidade Ambiental.
A proposta proíbe o governo brasileiro de firmar acordos internacionais com restrições ambientais à exportação de produtos brasileiros, sem que os países signatários adotem medidas correspondentes.
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