O mesmo comportamento se observa também entre as mais diversas faixas de renda - também ilustrada em outro gráfico. "Isso ocorreu apesar de um contexto econômico favorável, onde se verificou melhoria de renda, de taxa de desocupação e um nível de atividade que surpreendeu positivamente", pontuou o REF.
Com relação ao endividamento das famílias, a distribuição do Endividamento Individual dos tomadores de crédito do SFN se reduziu no primeiro semestre de 2024. "Prospectivamente, o atual ciclo de aumento da renda bruta das famílias e de recomposições salariais acima da inflação deve trazer impactos positivos sobre a capacidade de pagamento das PFs nos próximos trimestres, o que inclusive já é percebido pelos agentes econômicos na margem", considerou o documento.
O REF enfatizou também que o crédito bancário às famílias voltou a acelerar, em linha com a atividade econômica mais dinâmica. "Em termos de segmentos, os bancos digitais reduziram sua taxa de crescimento, mas ainda o fazem em patamar muito superior aos seus pares", comparou, explicando que, como consequência, esse segmento já representa 18% do crédito às modalidades de maior risco. Dentro desse agrupamento de modalidades, a carteira de crédito não consignado apresentou importante aceleração, ao passo que os cartões de crédito tiveram algum arrefecimento na taxa de crescimento, com a permanência de baixas taxas nas faixas de menor renda e aceleração nas demais.
Entre as modalidades de menor risco, o destaque do REF é para as contratações de financiamento de veículos, que continuam a crescer em todas as faixas de renda. Outro ponto relevante entre as modalidades de menor risco foi o volume de contratação de financiamento habitacional, sendo que a linha FGTS ainda se manteve bastante dinâmica em termos de contratação.